A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) recebeu, na última terça (17/12), o professor e pesquisador Jorge Almeida Guimarães, que presidiu por 11 anos a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Guimarães compareceu à Universidade para o Workshop sobre Avaliação e Acompanhamento do PNPD na UFRPE, realizado no Anfiteatro do Centro de Ensino de Graduação (CEGOE). Na ocasião, ele destacou a importância do Programa Nacional de Pós Doutorado (PNPD) nas Instituições de Ensino Superior (IES). O PNPD é uma concessão institucional que financia estágios pós-doutorais em Programas de Pós-Graduação (PPG) stricto sensu acadêmicos recomendados pela CAPES.
Na oportunidade, Jorge Guimarães reconheceu a necessidade de absorção de jovens pesquisadores nos programas da CAPES em parceria com as instituições universitárias: “países cheios de jovens são riquezas, mas é preciso construir espaços para eles - e esse é um desafio enorme para o Brasil”. O professor defendeu a relevância do PNPD para a sociedade brasileira e o papel da UFRPE na avaliação do projeto. “Para um programa como o que implementamos na CAPES, a UFRPE é a única que está fazendo esse balanço”, ressaltou.
Atualmente gerindo a Embrapii (Associacāo Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Guimarães destacou a necessidade de formação de profissionais altamente capacitados para atuação junto à sociedade. “Há inúmeras evidências de não consegue se desenvolver um país que não aplica, pelo menos, 2% do Produto Interno Bruto em ciência, pesquisa e desenvolvimento e não tem, pelo menos, dois mil engenheiros e cientistas por milhão de habitantes”, acrescentou o professor ao falar dos desafios para continuação do projeto na atual conjuntura de modificações políticas.
Durante o workshop, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRPE, Maria Madalena Guerra, se pronunciou sobre a gratificação de receber o presidente da CAPES. A professora destacou a importância do acompanhamento dos pós-doutorandos em estágio pelo PNPD. Ela ainda ressaltou que o acompanhamento irá possibilitar a continuidade dos programas com saldos positivos na universidade: “surgiu a ideia de puxar para a pró-reitoria a demanda de avaliação e acompanhamento, para nós identificarmos, com base nos dados levantados, a situação dos bolsistas da UFRPE e solicitar a ampliação diante da CAPES. Nós temos de ter consistência nos dados que vamos mostrar pra demarcar que a universidade utiliza bem seu recurso”.
A pró-reitora falou do fortalecimento institucional que o apoio da CAPES pode dar aos programas de pesquisa da UFRPE. Segundo ela, esse fortalecimento se apresenta de duas formas, consolidando a pesquisa e a atuação dos profissionais pesquisadores. “O PNPD tem duas vertentes: primeiro, consolida os programas de pós-graduação e, em segundo lugar, é importante pra fixar esse doutor”.
A pró-reitora reforçou a fala do professor Jorge, quando tratou da absorção do jovens pesquisadores, e acrescentou as implicações do Programa Nacional de Pós Doutorado para a vida acadêmica dos bolsistas. “Vinculado a uma universidade, dentro do programa, o pós-doutorando continua produzindo, melhorando o currículo, consolidando a formação que teve”, destaca Maria Madalena ao defender as experiências do estágio para maiores possibilidades de assimilação dos PNPDistas à universidade.