Por Tarisson Nawa
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“O viveiro também representa um lugar de convívio”. A fala do professor aposentado Marco Passos caracterizou o espaço de atividades de Engenharia Florestal da UFRPE, reativado pelos estudantes do curso na manhã da última segunda-feira (29/04). As ações aconteceram num clima descontraído de café da manhã, apresentação artística, bingo e sorteios, além de homenagens e apresentações dos grupos vinculados ao viveiro.
A iniciativa de reativar o espaço partiu dos discentes integrantes do Grupo de Práticas Florestais (GPFlor). Maria Clara Lima, integrante do grupo, conta que a Feira da Floresta, atividade promovida para inaugurar o espaço, é o passo inicial para o retorno das ações anteriormente desenvolvidas no lugar. “Estamos dando cara nova ao viveiro, que passou muito tempo parado”, conta.
Várias atividades foram promovidas com a reativação do viveiro: reaproveitamento da madeira cortada para transformação em móveis e artesanato, o reflorestamento de perímetro da Transrural, sistema agroflorestal, criação de abelhas para produção de mel e distribuição de mudas florestais.
Durante o evento, foram expostos diversos produtos confeccionados por meio de matéria-prima da própria UFRPE: móveis rústicos, frutas, plantas alimentícias, ervas medicinais e vários alimentos. Na ocasião, voltou à ativa o barracão, que pretende acolher os estudantes durante as aulas cobertas. O Diretório Acadêmico de Engenharia Florestal (DA MUDA), as empresas juniores Inovagro e Florar Consultoria Ambiental armaram stands para apresentar as atividades das organizações e como pretendem atrelar suas funções ao viveiro.
Todo o dinheiro arrecadado pelos discentes será revertido em materiais para uso no espaço reativado. “Nós usamos frutas da UFRPE e os próprios alunos produziram doces e dudu como meio para arrecadar dinheiro e fortalecer esse grupo no trabalho das atividades no viveiro”, destaca Maria Clara. Ela conta que uma das metas dos discentes é produzir duas mil mudas de plantas nativas até o final do ano com os trabalhos.
O professor Rodrigo Hakamada, do Departamento de Ciência Florestal, destaca a importância do lugar para atividades no curso onde ministra aula. “O viveiro é o coração da engenharia florestal: onde as mudas são produzidas e todo o processo florestal é iniciado”. Hakamada ainda diz que esse espaço é fundamental enquanto fonte de atividade prática para os discentes.
Ainda houveram homenagens aos professores Marco Amaral Passos e Expedito Baracho Júnior. De acordo com Hakamada, os docentes representam figuras fundamentais na valorização do curso e do espaço reativado.
Cruzamento de história: o vivido e as experiências do presente
Gerações de engenheiros florestais se encontraram para compartilhar os sentimentos de reativação do viveiro. Os professores aposentados destacaram a sensação de retornar à universidade para fazer parte do momento histórico que estavam comemorando.
De acordo com Marco Passos, um dos homenageados, “além de uma área de produção, o viveiro era uma área de sociabilização. Era no viveiro que fazíamos as confraternizações”. Emocionado com a homenagem, Passos fica bastante satisfeito com o retomada do espaço que já foi “referência na Região Metropolitana e em todo o estado de Pernambuco”, conta o ex-docente.
A reativação e ampliação do viveiro foi acompanhada, com abraços aos estudantes, pela professora Maria José de Sena e professor Marcelo Carneiro Leão, reitora e vice-reitor da UFRPE. As fotos do espaço de sociabilidade, ensino, pesquisa e extensão podem ser conferidas na nossa galeria de fotos. Acesse: https://bit.ly/2XXQeAR