No dia 03 de abril, no Mercado de São José, a reitora da UFRPE, Maria José de Sena, realizou visita ao local onde está sendo realizado o trabalho “Acompanhamento, Prospecção, Pesquisa Arqueológica e Monitoramento das Obras de Requalificação do Mercado de São José – Bairro de São José – Recife/PE”. A gestora foi recebida pela professora da UFRPE Suely Luna, coordenadora do projeto de pesquisa. Também participaram o presidente da URB, Luís Henrique Lira, o diretor de Obras, João Batista, o engenheiro da URB Gilberto - responsável pela obra, bem como Fernando Eraldo Medeiros – superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)/PE; Daniel Borges Sombra - diretor Departamento de Ações Estratégicas e Intersetoriais – DAEI/IPHAN; Tamara Maria de Andrade Bonilla - consultora do PAC/IPHAN, Cyntia Gouveia Bezerra - consultora do PAC/IPHAN e Allan Leonardo Silva, arqueólogo IPHAN.
A pesquisa arqueológica está sendo realizada através do Convênio entre a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (FADURPE), e a Secretaria de Infraestrutura SEINFRA da Cidade do Recife, conjuntamente com a Autarquia de Urbanização do Recife (URB).
O foco da visita foi a reunião com representantes de todos os órgãos envolvidos para conhecimento do andamento dos trabalhos de pesquisa, assim como do trabalho de requalificação e restauro do Mercado de São José, edificação tombada como Monumento Nacional desde 1973.
Mediante a pesquisa arqueológica, a qual já encontrou mais de três dezenas de esqueletos humanos além de grande quantidade de outros tipos de vestígios, e a análise da documentação histórica mostra que o local antes de ser um mercado era um cemitério, e isso não era de conhecimento da historiografia recifense. Para a equipe do Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológica (NEPARQ/UFRPE), hoje o Mercado de São José está definido como um sítio arqueológico tipificado como sítio-cemitério. Essa definição oferece uma nova perspectiva sobre a relevância histórica e cultural deste espaço no Recife. Essa classificação transcende a visão tradicional de um local de comércio e interação social, inserindo-o em uma categoria que reconhece sua complexidade como um espaço de memória, práticas funerárias e relações entre vivos e mortos.
A equipe do NEPARQ, do Departamento de História/UFRPE, vem desenvolvendo a pesquisa desde outubro de 2024, e conta com a participação da professora Caroline Borges (NEPARQ), da professora Luanna Ventura (Pós-doutoranda PPGH/UFRPE), da professora Cláudia Cunha (Bioarqueóloga da UFPI), e da professora Renata Campina (Coordenadora do Laboratório de Antropologia e Osteologia Forense LAOF/UFPE), além de discentes e egressos da UFRPE.