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Professora do Codai publica artigo na Revista Internacional Molecular Sciences

A Professora do Codai Andrea Fiuza e pesquisadores de diferentes universidades identificaram como a cana-de-açúcar pode se tornar mais forte e produtiva, mesmo quando enfrenta longos períodos de falta de água (seca).

A descoberta é fundamental, pois a seca é um dos maiores desafios para a agricultura global. Entender como a planta reage ao estresse hídrico permite desenvolver variedades que garantam a produção, mesmo sob condições ambientais severas.

O estudo Physiological and Proteomic Responses of Sugarcane to Water Deficit Stress: Insights from a Self-Fertilized Clone (Respostas fisiológicas e proteômicas da cana-de-açúcar ao estresse hídrico Estresse por déficit hídrico: insights de um clone autofecundado) comparou duas plantas de cana-de-açúcar plantadas no campo, dependendo apenas da chuva natural:

Uma variedade comercial comum nas lavouras.
Um clone especial obtido por autofecundação.

Os autores do artigo observaram o que acontecia dentro das plantas durante a seca, analisando desde a capacidade de fazer fotossíntese até a forma como as proteínas internas se alteravam.

O grande destaque da pesquisa foi o clone RB061047. Ele demonstrou ter uma capacidade de adaptação superior à variedade comercial.

Quando a água começou a faltar, o clone produziu mais prolina, uma substância que ajuda a planta a se proteger do estresse. Mais importante ainda, o clone manteve:

Uma taxa de fotossíntese mais alta (produção de energia).
Um uso da água mais eficiente.

Esses resultados mostram que essa planta tem um potencial real de gerar mais biomassa e maior produtividade mesmo em tempos de pouca chuva. A autofecundação, que gerou o clone, não prejudicou seu desempenho; pelo contrário, parece ter reforçado suas defesas.

A parte mais importante do estudo está na identificação de três proteínas que funcionam como "chaves genéticas" para a resistência à seca: a) Subunidade alfa da ATP sintase YABB2; b) Frutose-bisfosfato aldolase; e c) Nucleosídeo difosfato quinase 1.

A pesquisa abriu o caminho para o desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar que serão naturalmente mais resistentes e produtivas, um ganho significativo para o futuro da agricultura.

Leia o artigo completo, publicado na Revista Internacional Journal of Molecular Sciences