A crescente demanda por água potável, especialmente no Agreste pernambucano, que sofre com a contaminação por resíduos industriais, poderá contar com a tecnologia de uma “Pernambucana Inovadora”, a professora Química Ana Cláudia Vaz, da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA/UFRPE). A UFRPE celebra o financiamento do projeto de tratamento de água, aprovado no edital APQ 0787-3.03/24 da FACEPE, liderado pela pesquisadora em nanomateriais para aplicações ambientais. O projeto visa à implementação de uma planta piloto que utiliza nanopartículas magnéticas para remover contaminantes como íons metálicos, microplásticos e compostos orgânicos, que não são eliminados nos efluentes industriais.
Em colaboração com a Compesa, a Rhofer Ambiental e a Mint Consultoria, o projeto a ser desenvolvido utilizará nanomateriais com alto potencial de adsorção e remoção por filtros magnéticos, tornando o processo eficiente, ecologicamente correto e capaz de impulsionar a reutilização da água, minimizando o impacto ambiental. A meta é atingir o grau de maturidade tecnológica TRL 6, aproximando a solução de sua aplicação em larga escala para aplicar em empresas de tratamento de água.
A miniplanta piloto será instalada com um sistema de dupla filtração e permitirá a demonstração prática da eficácia do tratamento. Através de experimentos com água contaminada, serão avaliados a remoção dos poluentes, a otimização da aplicação dos nanomateriais e a qualidade da água tratada de acordo com parâmetros do Ministério da Saúde (Portaria 888/2021). O projeto visa a criar um sistema de tratamento de água eficiente, desenvolver um filtro magnético e produzir nanomateriais com alta capacidade de adsorção, oferecendo uma solução inovadora e sustentável para mitigar a escassez hídrica e a contaminação da água em Pernambuco.
Fotos:
2. Água contaminada com corante preto e, depois do contato com um nanocompósito magnético, e a água descontaminada.
3. Esquema de descontaminação em detalhes (doi.org/10.1016/j.colsurfa.2023.131528).
4. Processo de adsorção (doi.org/10.1016/j.colsurfa.2023.131528) .