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Solenidade marca abertura da segunda edição do projeto Universidade de Formação Aberta à Pessoa Idosa

 Foi realizada, nessa quinta-feira (10/04), a solenidade de inauguração da segunda edição do Projeto Universidade de Formação Aberta à Pessoa Idosa da UFRPE - Curso "Educação, Saúde e Cidadania na Velhice". Promovido pela Coordenaroria de Envelhecimento, Velhice e idosos da UFRPE, em parceria com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (COMDIR) e a Secretaria de Direitos Humanos e Juventude do Recife, o evento reuniu autoridades, entusiastas e os 120 idosos inscritos para a turma atual.

O curso é uma ação inovadora de desenvolvimento científico, cultural e social, para integrar à universidade pessoas com 60 anos ou mais, e tem, como objetivo, ofertar para essas pessoas atividades formativas que agreguem conhecimentos técnicos-científicos, culturais e humanos.

A coordenadora do projeto e da Coordenadoria da UFRPE, Nayanna Pinheiro, ressaltou que o processo de envelhecimento não é doença, e sim a última etapa no ciclo de vida, que muitas vezes dura mais de 40 anos. "Nossa Universidade de Formação Aberta à Pessoa Idosa é inclusiva e nela somos todos iguais, partindo de nossos conhecimentos e saberes existenciais e experienciais. É sobre mudança de vida, sobre permanecer vivos, garantir direitos humanos, transformação de seres e vidas. Nosso curso tratará disso", destacou.

A participante da nova turma Jacira da Silva Pontes, representando os discentes, declarou que "é muito importante e proveitoso, principalmente para as pessoas que não puderam estudar."

O representante do COMDIR Antônio de Lucena Rodrigues Junior afirmou que vê, de fato, a política pública sendo colocada em prática nesse curso. "É muito gratificante ver desde a política nacional, o Estatuto da Pessoa Idosa, e agora tentar colocar em prática tudo o que nós conquistamos no papel. Vocês estão tentando construir a velhice de uma maneira diferente. E vão sair muito diferentes daqui a um ano e meio. Precisamos de vocês ativos, dinâmicos e ativistas para pedir as políticas que vocês têm direito", sublinhou.

Para o secretário executivo de Direitos Humanos e Juventude do Recife, Diego Stanley Vasconcelos de Farias, "É muito importante que a gente replique que as pessoas destinem recursos, que sejam 3% ou 6%, nesta época da declaração do Imposto de Renda, para o Fundo da Pessoa Idosa. Nossa população está envelhecendo e devemos reforçar as políticas públicas para essas pessoas."

Já a pró-reitora de Ensino de Graduação da UFRPE, Danielle Dantas, salientou o orgulho de receber os novos alunos e alunas na UFRPE. "Nossa universidade é conhecida por ser muito acolhedora. Também estamos recebendo 1900 interessantes na segunda-feira junto com vocês. Pessoas de diferentes idades, numa diversidade muito grande, e é bonito ver isso." Em complemento, o professor Roberto Albuquerque, coordenador de Educação Continuada da Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Cidadania (Proexc), afirmou: "Vocês vão ver como é bom ser discente da Ruralinda!".

A vice-reitora da UFRPE, Maria do Socorro Lima Oliveira, destacou, em sua fala, o estigma que se disseminou de que a pessoa idosa, por não ser considerada produtiva, não seria digna de atenção e inclusão social, num contexto preocupante de um Brasil que está envelhecendo. "Teremos uma população muito equilibrada daqui a uns anos, e não vemos políticas públicas suficientes e movimentos da sociedade para abraçar quem envelheceu. A pessoa idosa é produtiva, consome, mas precisa de políticas sociais que façam com que possa viver com dignidade. Queremos trazer pra vocês novas perspectivas de vida.", salientou.