A UFRPE reafirmou o seu compromisso com a internacionalização e com a construção de uma universidade cada vez mais diversa e inclusiva, celebrando a diversidade de origens e culturas presente em sua comunidade acadêmica ao realizar, a 20 de agosto de 2024, seu I Encontro de Estudantes Estrangeiros.
Inédito, organizado conjuntamente pelo Núcleo de Internacionalização (Ninter) do Instituto Ipê e pela Coordenação de Internacionalização da PRPG, o evento contou com a mobilização direta dos coordenadores dos programas de pós-graduação para a liberação dos estudantes, o que permitiu reunir quase 40 dos mais de 50 estrangeiros matriculados no auditório da Biblioteca Setorial, em um espaço para troca de experiências, fortalecimento de laços e coleta de importantes apontamentos para a melhoria dos serviços oferecidos pelos dois setores de Internacionalização da UFRPE.
Sobre a importância do encontro e a presença de estudantes de diversas nacionalidades, que enriquece significativamente a comunidade universitária e torna o ambiente de aprendizado mais rico e completo, a Reitora Profa. Maria José de Sena destacou: “Estamos comprometidos em oferecer um ambiente inclusivo e acolhedor para todos os nossos estudantes, também os estrangeiros”, afirmou.
Do Benin, Cuba, Gabão, Guiné-Bissau, Haiti, Moçambique, Paraguai, Angola, Peru, Colômbia, Estados Unidos e Síria, os estudantes presentes tiveram a oportunidade de participar de um café da manhã e uma roda de conversa, onde puderam compartilhar experiências e desafios enfrentados ao chegar ao Brasil. A falta de um programa formal de acolhimento, como a recepção no aeroporto, e orientações específicas sobre questões burocráticas foram pontos mencionados. Outras duas solicitações foram também demandadas: a criação de um alojamento universitário para estudantes estrangeiros e curso de português direcionados para a realização de testes de proficiência aplicados para estudantes da pós-graduação. Sobre a política linguística, as perguntas foram respondidas pelo Coordenador de Apoio à Internacionalização Institucional, Prof. Julio Vila Nova.
A Coordenadora de Internacionalização e Secretária Executiva do Ninter, Geyza Lustosa, reforçou que a escuta dos estudantes visa à melhoria dos serviços oferecidos pela universidade: "A partir do encontro, daremos seguimento para alinhar nossas políticas formalmente, com nosso Plano de Internacionalização em construção, buscando trabalhar em conjunto com diversas áreas da universidade para implementar melhorias e garantir a melhor experiência aos nossos estudantes estrangeiros", disse Geyza.
O Prof. Edivan Rodrigues de Souza, Coordenador de Internacionalização da Pró-Reitoria dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFRPE, também ressaltou que a realização do evento surpreendeu muito positivamente para aprimorar serviços e políticas de internacionalização voltadas ao acolhimento dos estrangeiros. “Os dados coletados vão basear nosso plano de ação para garantir que nossos discentes internacionais se sintam cada vez mais integrados à UFRPE”, afirmou Edivan.
Outro ponto relatado pelos estudantes foi a dificuldade em encontrar moradia adequada, com um custo acessível e que atendesse às necessidades. Diante da demanda, a Internacionalização apresentou o Hospeda Rural, programa em fase de elaboração que pretende conectar estudantes estrangeiros a anfitriões brasileiros, oferecendo uma experiência de acolhimento e imersão cultural a um custo mais baixo de moradia compartilhada.
Entre os serviços já disponíveis para auxiliar os estudantes estrangeiros em sua adaptação, o Guia de Mobilidade In é uma publicação do Ninter, frequentemente atualizada, com informações relevantes sobre a universidade, cidade, serviços universitários essenciais e dicas para a vida no Brasil. Já o Fórum de Internacionalização é o evento anual (em 2024, se realizará a 21 de novembro) que conta com debates, painel interativo e feira, abordando temas como oportunidades de mobilidade acadêmica, impactos da internacionalização e fortalecimento da educação linguística. Cursos de Português como Língua Estrangeira são também ofertados semestralmente, com foco na comunicação acadêmica e no cotidiano.
O I Encontro de Estudantes Estrangeiros se mostrou também uma oportunidade para que alunas e alunos estrangeiros pudessem se conhecer ou fortalecer vínculos para além de suas comunidades de país de origem. O doutorando em Ciências Florestais, Duberli Elera, do Peru, contribuiu: “O café foi muito bom, conheci gente e obtive informações que não sabia, ainda ajudei compartilhando uma boa experiência no mestrado em outra universidade com um setor internacional forte”. Vindo há cinco meses da Guiné-Bissau para o mestrado em Estudos da Linguagem, Isnaba Tique completou: “Acho muito interessante a oportunidade de podermos dar nossas humildes sugestões para a melhoria de Internacionalização. Foi o primeiro encontro, e esperamos que aconteça ainda várias vezes”.